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Autonomia e empoderamento: quando a gente vai lá e faz

Há dois dias eu recebi um convite bem especial, para falar com time de marketing da Raizen sobre autonomia e empoderamento e qual a conexão disso com o fazer manual. Nesta época de quarentena, com os cursos presenciais adiados e sem poder estar fisicamente com as pessoas, que é a base do nosso trabalho, me fez um bem danado falar do prático sobre uma outra ótica.

Entre muitas coisas, falamos da questão de gênero e como o mundo das ferramentas é distante de nós, mulheres; do movimento maker e a conexão com o momento atual, e sobre aprendizagens gerais. Disso tudo, quero compartilhar aqui um ponto central da conversa e do trabalho do Agiliza, que é como o fazer é também um caminho e uma ferramenta de transformação interna muito poderosa, que desenvolve tantas habilidades e percepções e nos tocam dentro da gente em muitos lugares - e aqui vou falar sobre dois deles: a nossa potência interna e nosso senso de autonomia.



Se você já usou uma furadeira, sabe do que eu tô falando

Quando eu digo potência, eu falo daquela sensação de quando a gente cria, monta ou conserta algo com as próprias mãos. Quem já montou um móvel ou consertou algo que deu muito trabalho, sabe do que eu tô falando. Aquele sentimento de missão cumprida quando vemos a coisa ali pronta, funcionando, e que nos dá um baita senso interno de capacidade - ou como gosto de chamar, nossa potência interna.


E eu vejo esse lugar como muito, muito poderoso, pq alimenta nossa autoconfiança, nosso próprio poder de fazer acontecer. Aqui eu falo de criar ou consertar coisas com as mãos, mas que na verdade pode se estender pra tantas outras áreas da nossa vida, porque é quando a gente sente dentro da gente um ‘eu dou conta disso aqui’.


E quando lembramos dessa capacidade e acredita real que dá conta de mais do que imagina, a gente ganha autonomia, que pode se traduzir de forma concreta de diferentes maneiras na nossa vida. Pensando no momento que estamos vivendo agora, é como se tivéssemos um “portinho seguro” dentro da gente.


A coisa lá fora tá incerta, imprevisível e esse descontrole todo assusta, nos deixa ansiosa, com receio e sem muito saber pra onde ir. Mas, esse lugar de autonomia e potência dentro da gente representa uma lembrança de que, mesmo que lá fora o bicho esteja pegando, tem algo dentro de mim que me lembra que eu consigo me virar, mesmo numa situação desconhecida… não que vá ser fácil, simples ou rápido, mas é como se fosse uma lanterninha interna que vai nos ajudar a passar pela escuridão que for.


E sinto que, em momentos como o atual, que estamos sendo levadas (de um jeito ou outro) a olhar pra dentro, nos conectarmos com esses sentimentos pode nos ajudar a ter um pouquinho mais de leveza e tranquilidade, dando um respiro no meio de tanta coisa difícil que estamos tendo que lidar, querendo ou não.


Enfim, as ferramentas e manutenções são só um caminho pra isso. Acredito que, quando estamos com o olhar afinado, tudo o que a gente faz pode ser ferramenta de descoberta e desenvolvimento de diferentes habilidades, tornando a gente mais próximas de nós mesmas.


Faz sentido pra você? E, se você tem alguma atividade, hobby ou prática que te faz sentir assim, me conta aqui :) ?

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